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Em sua última reunião do ano de 2021, ocorrida nos dias 7 e 8 de dezembro, o Copom (Comitê de Política Monetária), órgão do Banco Central, aumentou a taxa básica de juros em 1,5 ponto percentual, passando a Selic de 7,75 para 9,25% ao ano.
Na justificativa para o 7º aumento consecutivo, o Copom afirmou que no ambiente externo “o cenário se tornou menos favorável “, que os últimos indicadores mostraram, em relação à atividade econômica brasileira, “uma evolução moderadamente abaixo da esperada “; e que a inflação ao consumidor continua elevada.
Desde o início de 2021 o mercado financeiro e os brasileiros em geral estão acompanhando o aumento da Selic promovido pelo BC. Para os beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), servidores públicos e trabalhadores celetistas, fica a dúvida: a taxa de Selic influencia o empréstimo consignado? E, em caso positivo, em que medida?
Entender o impacto do aumento da Selic sobre outros indicadores econômicos e financeiros é essencial para os consumidores, especialmente aqueles que podem vir a querer ou precisar nos próximos meses de crédito pessoal, seja empréstimos, financiamentos ou outras linhas.
O primeiro passo para compreender as particularidades da taxa básica de juros é entender o significado dos juros. Em resumo, o juro nada mais é que o custo do dinheiro.
No Brasil, a taxa básica de juros é chamada de Sistema Especial de Liquidação e Custódia ou simplesmente Selic. A Selic diz respeito à taxa de juros apurada nas operações de empréstimos de um dia entre as instituições financeiras que utilizam os títulos públicos federais como garantia.
A taxa básica de juros tem diversas finalidades, em especial, controlar a inflação e determinar o rumo do mercado de crédito. O índice é utilizado para controlar os juros aplicados em operações financeiras como investimentos, empréstimos e financiamentos.
Ou seja, os bancos utilizam a taxa básica como parâmetro para cobrar pelos serviços financeiros prestados.
O aumento da taxa Selic pode ser bom ou ruim, dependendo da situação que está sendo analisada. Em geral, a alteração desse indicador impacta na inflação, investimentos e taxas de empréstimos.
Inflação: A alta da Selic provoca a desaceleração da economia, o que controla a inflação e os preços dos produtos. De forma contrária, a queda da taxa estimula o consumo e pode aumentar a inflação.
Investimentos: Quando a Selic está alta, os títulos públicos que estão atrelados a ele, tais como: Tesouro direito, Poupança, CDBs, entre outros, passam a oferecer uma maior rentabilidade. Já quando a Selic cai, esses rendimentos oferecem uma remuneração menor.
Taxas de empréstimo: Os bancos se baseiam na taxa Selic para definir as taxas que serão cobradas nos empréstimos. Quando a Selic está alta as instituições acabam repassando esse aumento para os consumidores, o que faz com que os juros fiquem mais altos. Já quando a taxa cai os juros ficam mais baixos.
Um dos principais objetivos que o Copom tem com a taxa básica de juros é controlar a inflação, que é o nome dado para o aumento de bens. Assim, utiliza-se a Selic para evitar que os preços de produtos e serviços subam demais.
Enquanto a inflação baixa, estável e previsível promove diversos benefícios para a sociedade, permitindo o crescimento da economia e o planejamento de gastos de consumo das famílias brasileiras, a inflação alta atua na contramão, freando o consumo e, por consequência, os investimentos no país.
Com o aumento da Selic, há uma natural diminuição das atividades econômicas. Com menor poder aquisitivo, cai a procura dos consumidores por produtos e serviços e, com isso, força-se a queda de preços com o objetivo de proporcionar uma estabilização.
Assim, para manter a inflação sobre controle, o Copom busca regular a Selic – no caso, como pretende-se reduzir a inflação, a alternativa é elevar a taxa básica de juros.
Após o Copom ter elevado a taxa Selic para o patamar de 14,25% a.a. em julho de 2015, valor mais alto desde 2006 (quando a taxa alcançou 15,75%), a Selic passou a cair continuamente nos últimos anos.
Entre 2018 e 2019, ficou em valores próximos a 6%, mas a partir de 2020 a queda foi ainda mais acentuada: tanto que, em agosto do ano passado, a Selic chegou ao menor valor: 2% ao ano, permanecendo assim em quatro rodadas de decisões do Copom.
O cenário de taxa de juros baixos no Brasil passou a mudar em 2021. O aumento da Selic pelo Copom tem sido registrado desde março.
Na última reunião do Copom em 2021, nos dias 7 e 8 de dezembro, o Comitê elevou a Selic pela 7ª vez, em 1,5 ponto percentual, que passou a 9,25% a.a, conforme as expectativas do mercado financeiro. As justificativas principais dadas pelo órgão do Banco Central foram:
A decisão do Copom de elevar a taxa básica de juros em 1,50 ponto percentual foi unânime. Conforme a ata da reunião do Copom, apesar do desempenho mais positivo das contas públicas, o Comitê avalia que questionamentos em relação ao arcabouço fiscal elevam o risco de desencorajem das expectativas de inflação, o que implica maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado de acordo com o cenário básico.
De acordo com o órgão, para a próxima reunião, em fevereiro de 2022, o Comitê antevê outro ajuste na taxa básica de juros na mesma magnitude.
Por fim, na nota oficial divulgada, o Comitê já adiantou que o cenário supõe trajetória para a Selic de “11,75% a.a. durante 2022, terminando o ano em 11,25%, e reduz-se para 8,00% a.a. em 2023”.
Para decidir a favor do aumento da Selic, o órgão do Banco Central leva em consideração uma série de fatores, tais como a inflação, a atividade econômica do país, o estado das contas públicas e até mesmo o cenário externo.
De acordo com o Copom, apesar do desempenho mais positivo das contas públicas, há maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado de acordo com o cenário básico.
Como a taxa básica de juros está diretamente ligada às operações que têm os títulos públicos federais como garantia, a sua alteração modifica, por consequência, a rentabilidade dos títulos. Se a rentabilidade dos títulos muda, significa que o custo de captação dos bancos também muda.
Assim, se a taxa Selic diminui, diminui o custo de captação dos bancos, e por isso conseguem emprestar dinheiro a juros menores. Mas o inverso também é válido: o aumento da Selic encarece o custo de captação e por isso os bancos repassam esta diferença para o mercado, emprestando dinheiro a juros maiores.
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